Objetivos: Avaliar a percepção de apoio social e funcionalidade familiar por pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) atendidos no ambulatório de endocrinologia de um hospital universitário, assim como verificar associações com controle glicêmico e variáveis clínico-demográficas. Métodos: Estudo observacional e transversal, com entrevistas estruturadas com pacientes com DM2 em tratamento ambulatorial. O apoio social foi avaliado através da escala do Medical Outcome Study (MOS) e a funcionalidade familiar pelo Apgar de Família de Smilkstein. Resultados: Avaliaram-se 160 pacientes com média de idade de 55,7±11 anos, 76% mulheres e 54,4% da classe C. A percepção de apoio social foi positiva, sobretudo na dimensão afetiva, porém nos homens e idosos a dimensão material foi maior que nas mulheres (p=0,02). Houve diferença nesta percepção entre os pacientes com hiperglicemia e normoglicemia apenas na dimensão de informação (p=0,04). Funcionalidade familiar relacionou-se com idade (p=0,037) e sexo (p=0,02). Não se observou correlação entre apoio social e funcionalidade familiar com as variáveis tempo de diagnóstico, tipo de tratamento, índice de massa corporal, duração do acompanhamento, intervalos entre os retornos e classe econômica. Conclusões: A percepção de apoio social e funcionalidade familiar foi positiva, sobretudo entre os homens e os idosos, mas relacionou-se com glicemia apenas na dimensão de informação. É importante levar em conta sexo, idade, família e provimento de informação para oferecer aos pacientes diabéticos tipo 2 uma abordagem que lhes permita obter melhor enfrentamento da doença.