Relação mãe-filho(a) em bebés transportados junto ao peito e em bebés transportados em carrinhos

Abstract

Sabendo que o contacto físico é importante na relação mãe-filho(a), procurámos comparar a qualidade da interação mãe-filho(a) em dois grupos de estudo: Grupo 1) 20 bebés transportados junto ao peito das suas mães e Grupo 2) 20 bebés transportados em carrinhos ou outros meios auxiliares. Os dois grupos foram emparelhados por idade gestacional, peso gestacional, por idade da criança, sexo da criança, idades dos pais, nível socioeconómico, e nacionalidade. Os bebés tinham entre 6 e 36 meses (20 meninas, 13 primíparos) e não apresentavam problemas de desenvolvimento. A qualidade da interação mãe-filho foi avaliada em jogo livre através das escalas CARE-Index e MINDS. Comparativamente ao grupo 1, o grupo 2 apresenta melhor qualidade interativa (médias superiores de sensibilidade materna e de cooperação infantil). Estes dados corroboram a premissa de que mais importante do que proximidade é a forma como ela é estabelecida, que contribuirá para a qualidade da relação mãe-filho(a).

Qualidade de interação mãe-bebê e o impacto nas habilidades do desenvolvimento infantil de crianças prematuras e a termo aos 3 meses de idade

“…A sensibilidade materna pode ser definida como a capacidade da mãe em reconhecer os sinais comportamentais da criança, interpretá-los e fornecer uma resposta adequada ao bebê. Esta tem sido considerada como um elemento central para a compreensão do desenvolvimento infantil voltados ao desempenho social, emocional, cognitivo e de linguagem (FUERTES et al, 2009;CASSIANO;LINHARES, 2015;SERRADAS et al, 2016;SEIXAS;BARBOSA;FUERTES, 2017;LOI et al, 2017;LÓPEZ-MAESTRO et al, 2017;ZMYJ et al, 2017;FIRK et al, 2018;BUTTI et al, 2018;WHITE-TRAUT et al, 2018;BÁRBARA;CARVALHO, 2019). A sensibilidade materna é passível de ser avaliada nos primeiros meses de vida, representando um diferencial para a estimulação precoce, especialmente pelas evidências de que os níveis de sensibilidade ao longo do primeiro ano do bebê podem predizer habilidades do desenvolvimento em idades posteriores (FIGUEIREDO et al, 2014;LOI et al, 2017;WHITE-TRAUT et al, 2018;JONG et al, 2017;FIRK et al, 2018;TURPIN et al, 2019).…”