Relação médico-paciente na oncologia: estudo a partir da perspectiva do paciente

Abstract

Resumo As peculiaridades do diagnóstico de câncer impõem ao médico abordagem diferenciada, tornando necessário o estudo dos aspectos psicossociais do doente e de técnicas comunicacionais, de modo a não gerar iatrogenias. O objetivo do trabalho foi estudar a relação médico-paciente com câncer em um centro de referência em oncologia do serviço público. Trata-se de estudo exploratório qualitativo e descritivo, envolvendo 17 pacientes diagnosticados com câncer na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas. Os entrevistados demonstraram diversos sentimentos: desejaram mais sinceridade e clareza dos médicos no diagnóstico; questionaram a dificuldade do acesso ao sistema de saúde; queixaram-se dos efeitos do tratamento e das limitações emocionais e físicas vivenciadas; e, por fim, destacaram a importância da relação médico-paciente. Portanto, foram reconhecidos aspectos importantes do diagnóstico e tratamento de câncer, devidamente contextualizados, de modo a se repensar a prática médica e a relação médico-paciente.

Percepção dos pacientes oncológicos sobre a comunicação verbal e não verbal no recebimento de más notícias

“…Thus, the communication of bad news requires sensitivity and compression from the physician, and should not be seen only as a merely informative dialogue, but also prospectively, seeking to understand the feelings and emotions of each patient, in order to establish good communication and creation of a bond of trust 20,21 .…”

Atuação de uma equipe multiprofissional de residentes no Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF)

“…Além disso, esse estudo mostrou que cerca de 23% dos pacientes apontaram algum tipo de conflito na relação médicopaciente, além de destacarem habilidades que esperavam que o médico apresentasse como diálogo, empatia e polidez. (BASTOS et AL, 2017). Vale ressaltar que culturalmente o médico foi treinado para pensar na morte como um fracasso ou algo que deve ser evitado a todo custo e algumas vezes o paciente terminal pode ser visto como uma oportunidade de se testar formas terapêuticas supostamente inovadoras, o que retira do paciente sua condição de uma pessoa comum com sentimentos, medos e anseios e prejudica a relação médico-paciente.…”

Abordagem multiprofissional do paciente oncológico

“…É necessária a percepção do processo de adoecer sob a ótica daquele que se encontra em processo de fragilidade e de ameaça à sua integridade física. O médico é um dos responsáveis por humanizar a comunicação médico-paciente, estabelecendo uma relação centrada no paciente e não na doença 7 .…”