INTRODUÇÃOO termo adolescer tem suas raízes na civilização greco-romana que empregava o verbo adolere para designar arder, queimar. Este verbo inclui o prefixo ad, que indica direção (em direção a). Dolere é a raiz da palavra, que se traduz por sofrer uma dor, lamentar, estar triste. Então adolescer significa ir em direção à dor, ou ir em direção ao que arde, que queima 1 . Os limites cronológicos da adolescência são definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) entre 10 e 19 anos (adolescents) e pela Organização das Nações Unidas (ONU) entre 15 e 24 anos (youth). Utiliza-se ainda o termo jovens adultos para a faixa etária de 20 a 24 anos de idade (young adults). Nas normas e políticas de saúde do Ministério da Saúde do Brasil, os limites da faixa etária de interesse são as idades de 10 a 24 anos 2 . No modelo sociocultural atual, o conflito que se torna mais evidente neste processo de mudança é aquele relacionado com a sexualidade das adolescentes. E, na busca do exercício pleno desta RESULTADOS. Não houve diferença significativa na conduta sexual de risco entre as estudantes e a cidade de estudo. Cerca de 50% das estudantes de 18 a 20 anos e 70% das de 21 a 24 anos tinham vida sexual ativa. A abstinência esteve associada a menor idade, maior freqüência a culto religioso e ao bom relacionamento das estudantes com os pais. A prática de sexo seguro esteve diretamente associada a menor idade e a morar fora da residência da família. Ter participado de aulas de educação sexual esteve associada a maior abstinência, mas não a sexo seguro, e a relação não se manteve na análise multivariada. CONCLUSÃO. Relacionamento familiar saudável e religiosidade estão associados à conduta de sexo seguro. É relevante a percentagem de estudantes que ainda têm uma conduta de sexo inseguro, mostrando que ser universitária e freqüentar cursos de ciências da saúde não são garantia de comportamento sexual seguro.UNITERMOS: Comportamento sexual. Abstinência sexual. Sexo seguro.sexualidade, pode ocorrer o início precoce da atividade sexual, com orientação inadequada ou ausente a respeito de métodos contraceptivos e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis/síndrome da imunodeficiência adquirida (DST/aids), o que tem levado ao crescente número de gravidezes indesejadas e abortamentos provocados, com repercussões emocionais, orgânicas e socioeconômicas importantes. Existem pesquisas que mostram que as adolescentes que iniciam precocemente a atividade sexual terão um maior número de parceiros sexuais e, portanto, um maior risco de adquirir DST, o que poderá não somente influenciar na sua fertilidade, mas também aumentar a suscetibilidade para adquirir uma infecção pelo HIV (vírus da imunodeficiência adquirida) 3,4 .