A faculdade de Medicina é reconhecida como um ambiente exposto a diversas e constantes condições que ocasionam estresse excessivo, auto cobrança, cobrança dos pais e imposições do mercado de trabalho, quanto a qualidade de serviço e de conhecimentos teóricos e práticos. Com isso, os estudantes da área de saúde, sobretudo medicina, possuem uma tendência maior a desenvolver sintomas de ansiedade e depressão ao decorrer de sua graduação. A porcentagem da população estudada que foi acometida com ao menos uma forma de Burnout foi de aproximadamente 48,8%. Dessa forma, o presente estudo tem por objetivo compreender o espectro das manifestações psiquiátricas nos estudantes de medicina e as consequências relacionadas ao esgotamento emocional, a partir de buscas em bases de dados eletrônicas. Os estudantes em período pré-clínico, a prevalência de burnout se mostrou maior, em decorrência do alto nível de estresse percebido na fase anterior ao ingresso na faculdade de medicina, por conta do processo pós-admissão, na qual, vivenciam um ambiente totalmente novo, com competitividade, falta de tempo ou atividades de lazer e outros fatores que levam ao esgotamento emocional. As percepções negativas dos estudantes sobre o equilíbrio e vida pessoal durante as rotações clínicas, estava relacionado a altos níveis de burnout entre estes durante seus estágios. Porém, o sexo do aluno não influenciou nesta relação. Dessa maneira, há necessidade de programas de valorização da saúde mental do estudante ao longo de todo o período de formação, em diversos momentos do ano, para que haja detecção precoce e intervenções apropriadas.