Objetivo: O aleitamento materno exclusivo (AME) constitui a melhor alternativa nutricional para a manutenção da saúde do recém-nascido, devido aos fatores bioativos presentes no leite materno e ao “imprinting metabólico”. Objetivou-se, com esse estudo, demonstrar os benefícios do AME na prevenção do sobrepeso em lactentes no primeiro semestre de vida, evidenciando os riscos da obesidade infantil. Metodologia: Realizou-se um estudo ecológico, descritivo e epidemiológico, sobre a prevalência do AME em menores de 6 meses nas cinco regiões brasileiras entre 2015 e 2019, através de dados registrados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), apresentados em tabelas e gráficos. Resultados: A prevalência da nutrição exclusiva do leite materno em menores de 6 meses registrou taxas inferiores no Nordeste no período avaliado e observou-se redução nos valores na análise, sendo o maior decréscimo no Norte. Entretanto, essa região permaneceu com as melhores taxas registradas em 2019. Notabilizou-se, ainda, que o aleitamento materno tem importante efeito protetivo e redutor de morbimortalidade infantil, como a redução de diarreia infantil em 25 vezes. Observou-se que a ausência do AME provocou a elevação da média da PAS em 1,39 mmHg, da PAD em 0,79 mmHg e dos triglicérides quando comparados a crianças que tiveram a aleitação adequada. Ademais, a obesidade mostrou-se reduzida em 22% dos infantes que receberam o AME, evitando possíveis doenças vasculares, bem como embolias e tromboses subsequentes. Conclusão: Observa-se a importância da estimulação dessa forma nutricional até o sexto mês através de políticas públicas e privadas de saúde.