Herbicidas com atividade residual têm sido utilizados como estratégia de controle de plantas daninhas no período crítico de competição das culturas. Contudo, é necessário monitorar o comportamento dessas substâncias no solo, visto que podem prejudicar cultivos subsequentes. O bioensaio é um método simples, barato, rápido e altamente sensível para detectar resíduos de herbicidas no solo, até mesmo em baixas concentrações. O objetivo deste trabalho foi selecionar espécies vegetais como bioindicadoras da atividade residual dos herbicidas saflufenacil e flumioxazina no solo. Foram avaliadas as espécies Panicum maximum cv. Tamani, Sorghum bicolor, Crambe abyssinica, Vigna angularis, Cucumis sativus e Beta vulgaris em combinação fatorial com seis doses do herbicida flumioxazina (0; 2,5; 5; 10; 25 e 50 g. ha-1) ou sete doses do herbicida saflufenacil (0; 2,5; 5; 10; 25; 50 e 100 g. ha-1), delineados em blocos ao acaso, com cinco repetições. Para o herbicida saflufenacil as espécies mais sensíveis foram a B. vulgaris, C. abyssinica e C. sativus. Para o herbicida flumioxazina as espécies mais sensíveis foram B. vulgaris e C. abyssinica. Considerando que as espécies adequadas para bioensaios são de fácil cultivo, rápido crescimento, sensíveis em baixas doses e de fácil visualização dos sintomas de fitointoxicação, a beterraba foi a que melhor apresentou estas características para ambos os herbicidas.