Relato De Caso - Leishmaniose Em Um Cão

Abstract

Introdução: A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é causada por um protozoário do gênero Leishmania spp., é uma grave doença que atinge várias espécies, inclusive o cão que é o maior reservatório do meio urbano e o homem. É transmitida pela picada de flebotomíneos onde a forma promastigota ocorre no vetor e a forma amastigota ocorre no hospedeiro vertebrado. Os sinais clínicos se manifestam de acordo com o grau de infestação e imunidade do hospedeiro. Objetivos: Descrever um caso de leishmaniose visceral canina, assim como os sinais clínicos e tratamento. Metodologia: Foi atendido num hospital veterinário na cidade de Guanambi – BA, um canino, fêmea, da raça akita, de um ano e de idade, em que o tutor relatou observar lesões nos membros, onde o animal coçava muito. Ao exame físico apresentou temperatura 39.5, linfonodos poplíteos reativos e ferimento nos 4 membros. Com isso, foi solicitado hemograma, teste rápido de leishmaniose. Num segundo momento foi solicitado punção de linfonodo para pesquisa de leishmaniose e os exames bioquímicos (ALT, FA, ureia, creatinina). Resultados: O hemograma apresentou trombocitopenia e o teste de leishmaniose deu positivo, assim, foi solicitado punção de linfonodo, onde deu positivo, sendo classificada com duas cruzes (++) e os exames bioquímicos que não apresentou alterações. Diante da avaliação clínica do paciente, juntamente com os exames e orientações aos tutores, optou-se pela realização do tratamento, que consistiu no uso de: alopurinol 300mg (bid, uso contínuo), corticorten 20 mg (bid, por 7dias), domperidona 10mg (sid, por 30 dias), milteforan (sid, por 28 dias), petprazol 20mg (sid, por 28 dias, 1h antes do milteforan), vacinação (2 doses, a cada 21 dias, total de 3 momentos, e após a cada 6 meses 2 doses). Foi recomendado também uso de coleira repelente e ectoparasiticida de acordo com as recomendações do fabricante. O paciente segue monitorado e até o presente momento não apresentou alterações, assim como as lesões de pele desapareceram. Conclusão: A leishmaniose é uma doença que apresenta alto risco a saúde pública, por isso, o médico veterinário deve atuar em conjunto com o tutor para manutenção de um tratamento adequado e que trará segurança para todos.