As alternativas de tratamento ortodôntico em casos apresentando Classe II completa bilateral são bastante variadas e podem ou não incluir extrações. Quando a opção é por extrações, o protocolo incluindo apenas dois pré-molares facilita enormemente a correção sagital da Classe II. Ao optarmos pela correção por meio da distalização bilateral dos segmentos posteriores, fica bastante evidente uma maior demanda mecânica e principalmente uma exigência muito maior por cooperação para que o sucesso do tratamento seja alcançado. Desta forma, decidiu-se avaliar e comparar o nível de cooperação apresentado por 73 pacientes apresentando Classe II completa, planejados sem extrações ou com duas extrações no arco dentário superior, e assim verificar se a conduta terapêutica inicial, associada à cooperação, teve influência nos resultados finais. Os resultados demonstraram que a decisão terapêutica baseada na correção sagital da Classe II sem extrações, baseada em mecânicas distalizadoras extrabucais, ficou nitidamente refém da cooperação dos pacientes, forçando este grupo a um replanejamento para que o sucesso terapêutico pudesse ser alcançado, prolongando significativamente o tempo de tratamento ortodôntico.
ResumoPalavras-chave: Cooperação. Extrações. Replanejamento. Classe II.