“…Assim, observamos como os evangélicos se articulam para proliferar suas referências e ocupar posições, em busca de uma maior visibilidade, criando uma "cultura pública" (GIUMBELLI, 2014, p. 194). Tais ações são perceptíveis nas apresentações midiáticas em inaugurações de templos, como no caso do templo de Salomão, pertencente à Igreja Universal do Reino de Deus (MONTERO; SILVA; SALES, 2018), nas inserções de datas simbólicas nos calendários oficiais, como o Dia do Evangélico (MEZZOMO; PÁTARO; PINHEIRO, 2019;BOSISIO, 2018), em diversos meios de comunicação, principalmente em cultos televisivos (BISPO, 2018), em combates às pautas que fogem à moralidade cristã (LUNA, 2018) e, inclusive, em sua integração no campo político, talvez uma das faces mais publicizadas e controversas. Desse cenário, rapidamente sumarizado, podemos afirmar que candidatos evangélicos, muitos dos quais catapultados por suas igrejas, não parecem distantes, afinal construíram suas campanhas recorrendo aos discursos, símbolos e apoios de lideranças religiosas.…”