O processo de substituição de áreas de vegetação nativa por áreas de plantios agrícolas, florestais e agroflorestais se intensifica cada vez mais na região do extremo sul da Bahia. Tal fato tem gerado intensa preocupação em relação ao desmatamento e ocupação das regiões de Mata Atlântica. Desta forma, objetivou-se com esse trabalho identificar a alteração do uso e ocupação do solo entre os anos de 1990 e 2018 na bacia hidrográfica do rio Itanhém na região extremo sul da Bahia. Os dados relativos ao tamanho da área, extensão e delimitação das classes foram cedidos pelo Fórum Florestal do Extremo Sul da Bahia. A análise de tais dados foi realizada a partir da comparação dos mapas de uso e ocupação do solo e das áreas ocupadas pelas 17 classes analisadas, verificando-se assim, as mudanças ocorridas em cada período. De acordo com os resultados obtidos, percebeu-se que a bacia em questão é predominantemente ocupada por cultivos antrópicos, principalmente com monoculturas de eucalipto e pastagem, que se expandiram em detrimento das áreas de vegetação nativa. Uma vez que tal dinâmica de uso do solo causa prejuízos negativos para os recursos naturais da bacia, faz-se necessário a adoção de práticas de manejo e políticas públicas que permitam o equilíbrio entre economia e meio ambiente.