2021
DOI: 10.22409/eas.v4i1.43333
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Repensando as bases da administração pública brasileira: revisitando Guerreiro Ramos sob o olhar decolonial

Abstract: Atualmente algumas “verdades” no conhecimento reproduzido e praticado no campo da administração pública brasileira são tomadas como universais. Percebe-se que grande parte das bases teóricas e reflexões acerca da Administração Pública como área de conhecimento são oriundas de um lócus de enunciação específico, ou seja, o lugar geopolítico e corpo-político do “sujeito”. Assim esse ensaio teórico se traduz em um esforço de reflexão sobre as bases teóricas da Administração Pública no Brasil frente à lacuna de int… Show more

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“…Algo importante neste tema tem sido o apelo à utilização de autores/as do Sul Global, como Paulo Freire e Orlando Fals-Borda, que inspiram uma pesquisa-ação participativa como método não extrativista no campo da contabilidade e da gestão Sauerbronn;Thiollent, 2022); o próprio Enrique Dussel, para compreender a resistência a práticas fetichizadas de poder exercidas por mecanismos institucionais, que se desvirtuam da vontade-de-viver do povo Palhares;Carrieri, 2020); autoras feministas Decoloniais Latino-Americanas (Manning, 2021); Amílcar Cabral e, mais uma vez, Paulo Freire, para pensar "a práxis na luta pela libertação das múltiplas formas de opressão e da exploração que o sistema do capital impõe" (Misoczky, 2022, p. 658); e Alberto Guerreiro Ramos, para compreender a administração pública e a gestão social brasileiras (Louredo, 2019;Hernandéz;Cançado, 2017).…”
Section: Na Baseunclassified
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“…Algo importante neste tema tem sido o apelo à utilização de autores/as do Sul Global, como Paulo Freire e Orlando Fals-Borda, que inspiram uma pesquisa-ação participativa como método não extrativista no campo da contabilidade e da gestão Sauerbronn;Thiollent, 2022); o próprio Enrique Dussel, para compreender a resistência a práticas fetichizadas de poder exercidas por mecanismos institucionais, que se desvirtuam da vontade-de-viver do povo Palhares;Carrieri, 2020); autoras feministas Decoloniais Latino-Americanas (Manning, 2021); Amílcar Cabral e, mais uma vez, Paulo Freire, para pensar "a práxis na luta pela libertação das múltiplas formas de opressão e da exploração que o sistema do capital impõe" (Misoczky, 2022, p. 658); e Alberto Guerreiro Ramos, para compreender a administração pública e a gestão social brasileiras (Louredo, 2019;Hernandéz;Cançado, 2017).…”
Section: Na Baseunclassified
“…Ademais, destacam-se algumas compreensões utilizadas nos textos que podem ser problematizadas, como a proposição deLouredo (2019, p. 34), que entende o projeto Modernidade/Colonialidade/Decolonialidade (MCD) como "situado no âmbito das Epistemologias do Sul", compreensão reforçada porBallestrin (2013). Mas que pode ser questionada a partir de Santos (2022); a visão de que a abordagem Decolonial Latino-Americana poderia ser caracterizada como "pós do póscolonialismo" (Oliveira; Wanderley, 2022), entendimento que pode reproduzir uma compreensão de linearidade histórica, evitada por pensadores/as como Meneses (2016); e a possibilidade de usar o termo descolonial ou descolonização para se referir à independência política dos países colonizados(Kauffer;González, 2020;Sluyternam, 2020; Misoczky, 2022;Louredo;Oliveira, 2022). Esta noção é reforçada por autores Decoloniais (Maldonado-Torres, 2021), mas que não possui eco nas produções das Epistemologias do Sul, que reconhecem a manutenção do colonialismo, mesmo diante da independência política da maioria dos países do Sul Global(Meneses, 2018).Cinco temas foram sistematizados a partir da leitura dos artigos, nomeadamente, gestão ambiental; ensino de gestão; gestão em organizações não empresariais; pesquisa relativa à gestão e às organizações; e gestão internacional.…”
unclassified
“…Com pensamento crítico decolonial, que rompe com estruturas conservadoras e abre espaço para a pluralidade, diversidade, direito e respeito à diferença e rompe com a lógica da modernidade capitalista. Louredo (2019), citando Guerreiro Ramos, considera que a administração pública no Brasil sofre influência do colonialismo, pois que tem como norte o modelo ocidental racional e centrado no mercado.…”
Section: Referencial Teóricounclassified