Introdução. A Encefalopatia Crônica Não Progressiva caracterizase por desordens neuromusculoesqueléticas que implicam alterações ou inabilidade para aquisição de funções motoras, que podem resultar em mineralização óssea inadequada. Embora outros fatores como a ingesta nutricional, hereditariedade, etnia e peso corporal, possam influenciar o processo de remodelação óssea, as forças mecânicas, resultantes do desempenho em atividades funcionais, ortostatismo e ação da gravidade, representam fatores benéficos neste processo. Objetivo. Verificar a densidade mineral óssea em portadores de sequelas de Encefalopatia Crônica Não Progressiva. Método. A amostra foi composta por nove crianças, sendo seis portadoras de sequelas de Encefalopatia Crônica Não Progressiva e três representando o grupo controle. Foram submetidas à avaliação contendo dados pessoais, aquisição de atividades funcionais e uso de medicação, classificados pela GMFCS e encaminhados ao exame de dosagem dos níveis séricos de cálcio e densitometria óssea. Resultados. Os resultados obtidos demonstram melhores condições de mineralização óssea nas crianças que apresentam maior aquisição e tempo de exposição de habilidades motoras. Conclusão. O comprometimento neurológico em indivíduos portadores de Encefalopatia Crônica Não Progressiva, que dificulta ou ainda impossibilita a realização de atividades funcionais, favorece a redução de conteúdo mineral ósseo, podendo torná-los susceptíveis a fraturas e suas consequências.