Repositórios arquivísticos digitais confiáveis (RDC-Arq) como plataforma de preservação digital em um ambiente de gestão arquivística

Abstract

<jats:p>Introdução: Em um ambiente digital houve a necessidade de se repensar a garantia da cadeia de custódia ininterrupta, e como mantê-lo como um lugar de gestão arquivística, preservação permanente, custódia confiável, e como um arquivo permanente digital, motivado pela Lei 8159/91, que coloca como dever público a gestão dos documentos de arquivo, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Objetivo: Apresentar os Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis (RDC-Arq) como uma alternativa para a preservação digital em um ambiente de gestão arquivística, a fim de manter os documentos arquivísticos digitais autênticos e acessíveis a longo prazo. Metodologia: Pesquisa exploratória, bibliográfica e documental, tendo como principais fontes documentais e bibliográficas o material resultante das fases do Projeto InterPARES, as normativas do Conselho Nacional de Arquivos e artigos científicos de pesquisadores nacionais e internacionais. Resultados: Apresentação e Discussão dos principais conceitos relacionados aos Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis tais como repositórios digitais, repositórios arquivísticos digitais, repositórios digitais confiáveis, cadeia de custódia digital arquivística e cadeia de preservação. Conclusões: É necessário olhar para o RDC-Arq, ou seja, para o Arquivo Permanente digital, como o lugar necessário e obrigatório perante a Lei 8159/91 para os documentos históricos/permanentes, e o lugar onde são implementados os referenciais consolidados e atuais de uma Preservação Digital Sistêmica.</jats:p>

Repositórios digitais de acesso aberto

“…Em relação às práticas de autoria responsável a que se refere a declaração de São Francisco, acrescentamos a importância da identificação da participação dos autores nas publicações. Para isso, recomendamos a utilização dos critérios da Casrai (2020), nos quais a participação autoral deve ser marcada em um ou mais dos seguintes aspectos: Metodologia, Software, Validação, Análise Formal, Investigação, Recursos, Curadoria de Dados, Escrita -Primeira Redação, Escrita -Revisão e Edição, Visualização, Supervisão, Administração do Projeto, Obtenção de Financiamento.…”

“…A mudança do fluxo editorial impresso para o eletrônico trouxe algumas mudanças e, como toda inovação, acarretou um pouco de receio e impacto, mas os benefícios que a publicação e editoração eletrônica ofereceram facilitaram a aceitação do novo modelo (MEADOWS, 1999). Por sua vez, Abadal (2020) pontua três marcos da transformação do periódico:…”

“…Eles dão suporte desde o processamento do recebimento, passando pela sua avaliação (revisão por pares) e tratamento, até a efetiva publicação de um artigo. Existem vários softwares desse tipo, sendo dois dos mais conhecidos, segundo Fachin, Silveira e Abadan (2020), o Ambra, desenvolvido pela Public Library of Science (PLOS) e o Open Journal System (OJS), da Public Knowledge Project (PKP). Ambos são softwares livres e de código aberto.…”

“…Essas estratégias podem ser classificadas em estruturais e operacionais, conforme Márdero Arellano (2004, 2008Formeton et al (2015); Formeton e Gracioso (2020) e Lira e Siebra (2021). As estratégias estruturais abrangem as condições necessárias para criar um ambiente apropriado para a implementação dos processos de preservação digital, e serão apresentadas, a seguir, com foco na preservação de periódicos.…”

“…Segundo Silveira, Santos e Bueno (2020), outra boa prática que contribui com a segurança dos dados e, consequentemente, para sua preservação, é a atualização no mínimo anual do sistema de editoração adotado. Isso porque os sistemas estão sempre em evolução e podem trazer novas vantagens que facilitam tanto o fluxo editorial do periódico quanto sua preservação.…”