Resumo Este artigo analisa os limites da atuação pública de grupos de advocacy no enfrentamento ao trabalho infantil doméstico (TID), examinando o contexto paraense onde foi desenvolvido um programa de enfrentamento a esse problema. Investiga, por meio da análise crítica de discurso, a cobertura sobre a temática nos dois principais jornais locais de 2000 a 2009, com o objetivo de analisar a natureza das desigualdades relacionadas ao TID, os lugares de fala e os posicionamentos de meninas e mulheres envolvidas com o TID, e a relação apresentada entre os agentes de advocacy e as afetadas. As conclusões apontam que, apesar da contribuição do advocacy para a tematização pública desse problema, a discussão não avançou para a reflexão sobre as condições reais de autonomia dessas meninas e mulheres.