“…Um indicativo dessa mudança realiza-se com Sula, um dos líderes romanos de destaque na Guerra Social, que após o encerramento do conflito aprovou a reformulação do Senado, aceitando, a partir de então, equites em suas fileiras, incluindo aqueles provenientes das províncias que lhe tivessem sido apoiadores. 7 Santangelo (2006, p. 14) argumenta não haver evidências de que Sula tenha dobrado o número de senadores, tal como defendido por alguns pesquisadores, como David (2006), Konrad (2006), Gelzer (1912) e Gabba (1976); sabe-se, porém, que ele permitiu que certo número de pessoas de baixo status entrassem no Senado, o que lhe rendeu uma série de críticas, porque a nobilitas tradicional, 8 patrícia, empenhava-se em manter a sua exclusividade entre os membros do Senado e os que ascendiam ao consulado, com base no discurso de ser este sua prerrogativa, salvaguardada por seu nascimento e por sua tradição (Syme, 2011, p. 22-23). Sula, porém, defendia a causa desses aristocratas tradicionais, conforme se pode interpretar por suas medidas e também pelo modo como Cícero (Rosc.…”