“…Assim, os OP e as CMGPPs são ideias, propostas e experimentações que se movem no campo de uma concepção de sociedade, de governo e de política que, ao negar à democracia representativa tradicional a condição de melhor forma de organização das relações políticas, questiona, indiretamente, a validade da teoria da escolha pública; e se aproxima de forma mais estreita ao neorrepublicanismo (MAIHOFER, 1990;ACKERMAN, 1993;COATS Jr., 1994;SPITZ, 1995;GOODWIN, 1995;VETERLI e BRYNER, 1996;SANDEL, 1996;HABERMAS, 1996;TERCHEK, 1997;PETTIT, 1997;GINER, 1998;ONUF, 1998;BRUGGER, 1999;SKINNER, , 1998LHANO, 1999;BERLANGA, 1999), cujas teses coadunam com a defesa do aprofundamento democrático dos regimes políticos, por meio de maior participação cidadãe nas quais os OPs e CMGPPs se encaixam com grande facilidade. E o orçamento público, como as políticas públicas enquanto instrumentos de decisão, são destacados focos de discussão em que a contradição e o confronto entre a TEP e o neorrepublicanismo podem ser explorados, a fim de se obter uma melhor compreensão acerca dos limites e potencialidades de experimentos inovadores nos fazeres governamentais nos quais política e economia rivalizam e se tencionam, mutuamente, como fontes de explicações e de justificativas para os arranjos institucionais existentes e concebíveis.…”