A crescente utilização da madeira na construção, devido às suas qualidades estruturais, estéticas e sustentáveis, destaca a importância de compreender suas propriedades elásticas para um dimensionamento preciso dos elementos estruturais. No entanto, a determinação desses parâmetros pode ser desafiadora devido à grande variabilidade das características físicas e mecânicas da madeira. Neste contexto, esta pesquisa investigou a necessidade de uma estimativa mais precisa do módulo de elasticidade transversal (G) da madeira. Com essa finalidade foi realizado um levantamento bibliográfico de estudos e normas que abordassem o módulo de cisalhamento (G) e sua relação com o módulo de elasticidade longitudinal (E), utilizada para o dimensionamento quando dados experimentais do G não estão disponíveis. Comparando diferentes propostas encontradas na literatura com a norma brasileira ABNT NBR 7190-1:2022, que estabelece G=E/16, foram identificadas discrepâncias significativas. Entre os métodos de ensaio destacados na literatura, a flexão e o ultrassom surgiram como os mais relevantes para prever o comportamento elástico da madeira. No entanto, a falta de equipamentos para ensaios de torção na madeira no Brasil, conforme indicado por normas, ressalta a necessidade de métodos alternativos, como o de flexão, que se mostram práticos e acessíveis para determinar o módulo de cisalhamento da madeira. Os resultados desta pesquisa têm implicações significativas para a engenharia prática e o avanço do conhecimento acadêmico sobre as propriedades da madeira. Ao reconhecer as complexidades na determinação dos parâmetros elásticos da madeira e explorar novas abordagens, é possível melhorar a segurança e eficiência das estruturas de madeira, beneficiando tanto a sociedade quanto a comunidade acadêmica.