“…Essa condição, no entanto, não implica que tenha sido observada unanimidade entre eles no que se refere à eleição dos pressupostos dessa área de conhecimento. Assim, prevalece o pressuposto "criança enquanto ator social", presente em quatro artigos (Huggins & Rodrigues, 2004;Moran-Ellis, 2010;Van Krieken, 2010;Vakaoti, 2009), mas aparecem, ainda, a ênfase nos Direitos das crianças (Sirota, 2010;Van Krieken, 2010) e o reconhecimento de sua capacidade de expressar-se e produzir interpretações sobre a realidade, seus objetos e acontecimentos. A respeito desse último aspecto, dois dos artigos (Moran-Ellis, 2010;Newman et al, 2009) abordam, enfática e prioritariamente, a perspectiva de dar voz às crianças, ouvi-las não somente no sentido acima referido, de produção de interpretações sobre a realidade, mas, também, no que se relaciona aos aspectos próprios da investigação, como, por exemplo, seus métodos e a elaboração da agenda para a construção dos dados.…”