Com a crescente necessidade de demanda alimentar, muitas técnicas foram desenvolvidas para garantir a qualidade das plantas, a busca por alternativas naturais reduzindo o uso de agrotóxicos é uma vertente atraente para o consumidor. Neste trabalho analisamos se a manipulação da microbiota natural, poderia promover algum ganho para a planta, sem uso de produtos adicionais. Isolamos bactérias presentes em caules e folhas (endofíticas) de plantas de tomate cereja e após cultivo in vitro inoculamos as bactérias e verificamos seu potencial como promotor de crescimento para novas plantas. Utilizamos três métodos para enxertar as bactérias: inoculação na semente (BS), inoculação no solo (BSO) e inoculação na semente e no solo simultaneamente (BSSO). A partir de 10 dias da inoculação mensuramos: a altura das plantas, contagem de unidades formadoras de colônias (UFC), concentração de potássio e cálcio por fotometria de chama e realizamos testes bioquímicos nas bactérias. Os resultados obtidos na contagem de UFC/g de planta, revelaram que o método de enxertia foi eficaz para aumentar a concentração de bactérias na planta. Nos modelos tratados com bactérias constatamos aumento nos níveis de Ca2+ de 1,54% e 10,23% nos grupos BS e BSO respectivamente. Houve incremento significativo na concentração de K+ sendo de 56,20% no grupo BS, 71,56% no BSO e 72,50%, no BSSO, respectivamente. Através do teste de indol verificamos a produção de triptofanase pelas bactérias, isto gera substrato para formação de ácido indolacético (AIA) pelas plantas, favorecendo seu crescimento.