No ano de 2019, uma das barragens de rejeitos da mina de ferro do Córrego do Feijão, na cidade de Brumadinho, se rompeu derramando uma onda com quase 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos sobre a cidade, ocasionando diversos impactos sociais, econômicos e ambientais. Este estudo teve como finalidade realizar um levantamento bibliográfico sobre os impactos produzidos por este acidente ambiental, os principais contaminantes depositados no solo e propor um método para sua recuperação. Os estudos revelaram que a disposição dos rejeitos no ambiente é uma das grandes preocupações visto que, em altas concentrações, os metais pesados se tornam extremamente tóxicos ao ser humano e ao ambiente, sendo necessária sua remoção, uma vez que são elementos muito reativos e bioacumulativos, não podendo ser degradados. As técnicas que utilizam organismos vivos para absorção dos metais pesados, como bactérias, fungos ou plantas, receberam destaque. Concluiu-se que para as condições do solo da cidade de Brumadinho a técnica indicada é a de fitorremediação por meio das espécies Eucalyptus grandis, Ricinus communis, Helianthus annuus, conhecidas popularmente como eucalipto, mamona e girassol, respectivamente, devido ao alto custo-benefício, maior facilidade de aplicação e possibilidade de retorno financeiro a partir da utilização das plantas como matéria prima para produção de papel e celulose, no caso do eucalipto, e produção de biodiesel, a partir da extração dos óleos da mamona e do girassol.