“…O país perdeu a certificação de país livre do sarampo pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas) em 2017, apenas um ano após conquistá-la, e um dos principais fatores apontados é a divulgação de fake news por parte de grupos antivacina(DRUMOND, 2022). Nesse contexto, destacam-se os trabalhos que relacionam a CoInfo com a informação em saúde(RIBEIRO;FRANCO;SOARES, 2018;ROCHA, 2019;GRIGOLETO;LOUSADA, 2020;SALA et al, 2020;VILHENA, 2020;FERREIRA;SOUZA, 2021;ROCHA et al, 2021).Estes trabalhos abordam a questão das fake news sobre vacinação, revelaram uma realidade preocupante: o retorno de doenças que haviam sido erradicadas dada a relação direta entre a queda das taxas de vacinação e o aumento da proliferação da desinformação fomentada pelas fake news.Os registros mais recentes (DIAS, 2021; FERREIRA; LIMA; SOUZA, 2021; JACOBI; BORGES, 2021; OLIVEIRA; SOUZA, 2021; OTTONICAR et al, 2021; ROCHA et al, 2021; SANTOS et al, 2021; SILVA; TEIXEIRA, 2021) evidenciam a complexidade acerca da desinformação e das fake news enquanto um fenômeno de produção sistemática e circulação e disseminação massiva de informações falsas que é tecido em um emaranhado de múltiplos elementos e ao mesmo tempo uno (MORIN, 2005), pois se liga diretamente à pós-verdade, fake science e embates ideológicos. As diferentes abordagens quanto à CoInfo demonstram também a complexidade da própria temática Competência em Informação, desde a escolha do termo utilizado na pesquisa, a saber: Competência Informacional, Letramento Informacional, Competência Crítica em Informação, entre outros, que revela especificidades teórico-conceituais acerca do arcabouço conceitual relacionado a concepções, paradigmas e experiências do pesquisador.…”