O propósito deste trabalho foi a avaliação in vitro da resistência de união à tração entre a liga de Ni-Cr (Durabond) e diferentes agentes cimentantes, submetidos, ou não, à ciclagem térmica. Por meio do processo de fundição e posterior usinagem, foram obtidos setenta pares de cilindros metálicos (5,0 mm X 16,5 mm) distribuídos em sete grupos, com vinte amostras cada um, de acordo com os diferentes agentes cimentantes: a) grupo I - Dyract Cem; b) grupo II - Enforce com Flúor; c) grupo III – Panavia F; d) grupo IV – Panavia F com aplicação de Alloy Primer; e) grupo V – Rely X com aplicação de Ceramic Primer; f) grupo VI – Vitremer; g) grupo VII – cimento de fosfato de zinco, controle. Cada grupo foi dividido em dois subgrupos: (A) – sem ciclagem térmica e (B) – com ciclagem térmica. Em toda a superfície metálica cimentante, foi realizado microjateamento com partículas de Al2O3 (50ìm), lavagem em ultra-som com água destilada, durante 10 minutos e cimentação, aos pares, por meio de um dispositivo adaptado a um torquímetro digital do sistema Branemark (Nobel Biocare Torque Controller), permitindo, além do alinhamento perpendicular, o controle da pressão de cimentação. Os corpos-de-prova foram armazenados em água destilada durante 12 horas, sendo em seguida, os grupos B submetidos à ciclagem térmica, enquanto os grupos A permaneciam pelo mesmo período de tempo, armazenados em água destilada. Após a termociclagem, os corpos-de-prova retornaram à água destilada por mais 12 horas, sendo então, submetidos ao ensaio mecânico de tração em uma máquina Universal Instron, com velocidade de 0,5 mm/min. Os resultados foram analisados pela ANOVA e teste de Tukey, demonstrando diferenças estatisticamente significantes entre os materiais. A ciclagem térmica, entretanto, não apresentou significância estatística. Os maiores valores de resistência de união foram obtidos com o cimento Panavia F e os valores mais inferiores,com o cimento de fosfato de zinco.