“…Exige-se, pois, das cientistas feministas uma vigilância teórica, epistemológica e metodológica perene e uma postura ética que constantemente (re)avalie sua prática e discurso para evitar a utilização de categorias coloniais, patriarcais, racistas e heteronormativas historicamente naturalizadas. Isto porque a utilização destas categorias produz mais negações, invisibilidades e silêncios do que propriamente contribui para a construção de um conhecimento emancipador (Simpson, 2012). 2 As cientistas feministas têm apontado como o modo tradicional de fazer e compreender a ciência resulta em um conhecimento excludente, unilateral e perverso, pois, via de regra, 'outras vozes' -femininas, negras, indígenas, não ocidentais, homossexuais, transexuais, rurais e imigrantes -são silenciadas (Harding, 1987).…”