“…Essa informação não era relevante para a resolução (S1)" (Resposta do L3 ao formulário online, 2021); "Percepção de informações supérfluas, pois houve palavras que talvez pudessem deixar dúvidas como: torneio, planejamento, média, máximo (S3)" (Resposta do L15 ao formulário online, 2021).No caso de S1, a informação que o participante indica como não relevante, na verdade, corresponde à sua contextualização. Para poderem considerar uma informação como irrelevante, é necessário, notadamente, que a informação seja um conhecimento semântico(PROENÇA, 2018), já que poderá interferir na compreensão do problema e, assim, na apresentação de uma estratégia.Além disso, é importante enfatizar que o uso de problemas contextualizados no ensino também envolve informações que exigem conhecimento linguístico e que, assim, conforme mostraram os estudos de Nikmah, Juandi e Prabawanto (2019) e Scheibling-Sève, Pasquinelli e Sander (2020), os alunos têm dificuldades quando resolvem problemas contextualizados.Desse modo, abordá-los em sala de aula ajuda os alunos a ressignificarem os conteúdos(PROENÇA, 2021a;YAS, FARFÁN, 2020).No caso de S3, o fato do participante indicar que ser supérfluo se deve às palavras as quais indicou gerarem dúvidas, consideramos como inadequado, porque tais palavras implicam em conhecimentos linguísticos e semânticos (PROENÇA, 2018), relacionados aos seus significados e não seriam desnecessários. Indicações inadequadas como essas nas situações S1 e S3 podem gerar um ensino direcionado à proposição de problemas rotineiros (que estão familiarizados no ensino), sem originalidade e contendo a falta de dados e expressões, conforme tenderam os licenciandos do estudode Güner (2021).…”