Introdução. As complicações respiratórias nos indivíduos com a doença de Parkinson são a principal causa de internamento hospitalar e das altas taxas de mortalidade. Objetivo. Avaliar a função respiratória em indivíduos com e sem doença de Parkinson (DP). Método. Trata-se de um estudo observacional, de delineamento transversal, com amostra de conveniência composta por indivíduos com e sem DP, em Salvador, Bahia. Foram coletados dados primários, secundários e o estadiamento da doença foi classificado segundo a Escala de Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr Modificada. A função respiratória foi avaliada por meio de exames de cirtometria, manovacuometria, espirometria e peak flow. Resultados. Foram avaliados 66 voluntários, 33 com diagnóstico de DP e 33 sem DP, majoritariamente homens (81,8%) e com média de idade 62,1±8,07 anos. A PImáx do grupo Parkinson: 49,6±23,0 cmH2O; grupo não Parkinson: 124,4±56,5 cmH2O (p<0,001); e a PEmáx do grupo Parkinson: 67,8±29,7 cmH2O; grupo não Parkinson: 114,2±37,3 cmH2O (p<0,001). VEF1 absoluto (p=0,047) e previsto (p=0,006), PFE absoluto (p<0,001) e previsto (p=0,001) e VEF1/CVF (p=0,009) apresentaram valores mais baixos no grupo com Parkinson quando comparado ao grupo não Parkinson. A cirtometria apresentou valores abaixo dos descritos para normalidade em ambos os grupos, entretanto, a mobilidade axilar foi ainda menor no grupo Parkinson (p=0,005). Conclusão. A mobilidade axilar, a força muscular respiratória e os volumes e fluxos pulmonares estão reduzidos em indivíduos com DP, quando comparados a outros, pareados por idade e sexo, sem a doença.