Introdução: A fibrose cística é uma doença multissistêmica, sendo as complicações respiratórias, as principais responsáveis pela morbimortalidade da doença. O tratamento envolve equipe multidisciplinar, no qual, a fisioterapia respiratória tem como objetivo otimizar a função pulmonar. Diversas intervenções de fisioterapia respiratória (convencionais, baseadas em volume, instrumentais e exercícios ventilatórios) são utilizadas no tratamento da fibrose cística, e mapear os estudos relacionados a elas contribui no manejo da doença. Objetivo: Revisar as intervenções fisioterapêuticas apresentadas, na literatura indicada, para remoção de secreção das vias aéreas de crianças e adolescentes com fibrose cística. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada através do Pubmed, LILACS, SciELO, Cochrane e PEDro. Utilizou-se a seguinte estratégia de busca: cystic fibrosis AND physical therapy modalities OR bronchial hygiene. Foram incluídos estudos que utilizaram intervenções fisioterapêuticas para a remoção de secreção das vias aéreas de crianças e adolescentes com fibrose cística. Resultados: De um total de 1.526 artigos, apenas 22 foram incluídos. Os artigos totalizaram 708 participantes, com idades oscilando entre três semanas e 18 anos. As intervenções fisioterapêuticas utilizadas apresentaram variabilidade, sendo, as mais frequentes, as convencionais (drenagem postural, percussão, vibração), em 16/22 estudos, seguidos das instrumentais (dispositivo/máscara de pressão expiratória positiva e Flutter®), em 12/22, dos exercícios ventilatórios (7/22) e das baseadas em volume (ciclo ativo da respiração, drenagem autogênica) em 6/22 artigos. Além disso, conforme ocorre um aumento da faixa etária, há uma redução por intervenções fisioterapêuticas exclusivamente convencionais. Conclusão: Houve grande variabilidade nas intervenções de fisioterapia respiratória utilizadas para a remoção de secreção das vias aéreas nesse mapeamento realizado em crianças e adolescentes com fibrose cística. No entanto, evidenciou-se certo predomínio de intervenções convencionais. A escolha da terapêutica parece ter sido influenciada pela idade dos participantes.