As mudanças climáticas apresentam grandes desafios para a gestão agrícola em relação às estratégias de adaptação, uso de fertilizantes e culturas tolerantes. Desta forma, objetivou-se com essa revisão investigar as premissas da adubação mineral no sorgo e apresentar a eficiência bioeconômica das respostas dessa cultura quando manejada com o uso de adubação mineral. Para atingir resultados satisfatórios, um dos pré-requisitos que devem ser observados é a aplicação da adubação mineral conforme a exigência nutricional da cultura. No sorgo, essa exigência varia de acordo com a produtividade da cultura em cada situação de cultivo. A extração de nutrientes do solo segue um aumento linear de acordo com o aumento da produtividade, indicando que quanto mais a cultura está condicionada a altos níveis de produtividade, maior será a retirada de nutrientes do sistema. Os nutrientes extraídos em maior quantidade pela cultura são nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, e sua ordem de extração e acúmulo de macro e micronutrientes é: K > N > Ca > Mg > S > P > Fe > Zn > Mn > Cu. Ainda são escassas as pesquisas que descrevam o melhor custo-benefício da utilização dos nutrientes a fim de potencializar o aporte forrageiro. Portanto, recomenda-se a realização de pesquisas mais específicas voltadas para a eficiência bioeconômica da adubação mineral no sorgo em diferentes sistemas de produção, a fim de fornecer subsídios para a melhoria e maximização da produção dessa cultura, e consequentemente, promover o desenvolvimento socioeconômico das regiões envolvidas no cultivo do sorgo.