O caminho do desenvolvimento tecnológico da silvicultura clonal de espécies arbóreas nativas passa pela customização do arcabouço tecnológico utilizado para a eucaliptocultura, como a propagação vegetativa via miniestaquia. A determinação de procedimentos operacionais para manejo do minijardim clonal, a seleção do padrão de miniestaca e a escolha do substrato adequado impactam diretamente o enraizamento e a qualidade das mudas. Para este trabalho o objetivo foi determinar procedimento operacional para produção de mudas nativas via propagação vegetativa, quantificando a produtividade das minicepas em diferentes estações do ano e utilizar indicadores operacionais como potencial máximo de enraizamento, tempo ótimo em casa de vegetação e qualidade morfológica das mudas para selecionar o padrão de miniestacas e o substrato para Cariniana legalis; Cariniana estrellensis, Cordia alliodora e Cordia trichotoma. Para determinação da produtividade das minicepas foi implantado minijardim clonal em calhetão com areia e minicepas oriundas de mudas produzidas por sementes. Estas plantadas em delineamento em blocos ao acaso, sendo as parcelas constituídas pelas espécies e as subparcelas pelas estações do ano. Para seleção do padrão de miniestaca adotou-se o delineamento inteiramente casualizados - DIC, em parcelas subdivididas, com quatro repetições, sendo as parcelas formadas pelas espécies e as subparcelas pelos dois tipos de miniestacas, apical e basal. Para determinação do substrato avaliou-se: T1: 100% CCP - composto de casca de pinus; T2: 33% CCP + 33,5% VM - vermiculita média + 33,5% casca de arroz carbonizada – CAC e o T3: 50% VM + 50% CAC. Adotou-se delineamento inteiramente casualizados-DIC, em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições, sendo as parcelas constituídas pelas espécies e as subparcelas pelos substratos. Com base nos resultados obtidos observou-se que os tratos culturais aplicados em minijardim foram eficientes, sendo que as minicepas de todas as espécies foram impactadassignificativamente pelas estações do ano, com reduções de quase 50% entre o verão (10,9) e o inverno (6,7), na produção de miniestacas por minicepa/mês. Ambos os tipos de miniestacas testadas foram eficientes, mas o uso de miniestaca apical deve ser priorizado, devido ao enraizamento médio significativamente maior (75,7%) comparativamente a miniestaca basal (53,9%), e menor tempo de enraizamento. Para C. legalis, C. estrellensis e C. alliodora percebeu-se que o sucesso do processo de enraizamento das miniestacas é inversamente proporcional à concentração de composto de casca de Pinus. A C. trichotoma mostrou-se a espécie mais desafiadora do ponto de vista de enraizamento das miniestacas, porém foi a mais impactada positivamente pela redução da quantidade de composto de casca de Pinus no substrato, com ganhos de quase 80% de enraizamento. A miniestaca apical sem corte foliar e o uso do substrato 50% VM + 50% CAC são recomendados para a propagação vegetativa por miniestaquia das espécies estudadas. Palavras-chave: Jequitibá rosa. Jequitibá branco. Frejó. Louro-pardo. Propagação de plantas. Enraizamento adventício.