Objetivo: investigar as possíveis relações que permeiam as temáticas da ideação suicida e do suicídio associadas aos aspectos internos e externos do trabalho. Método: ao adotar uma abordagem qualitativa e perspectiva descritiva, foi realizada uma revisão integrativa da literatura do período de 2009-2019 operacionalizada por buscas nas bases de dados PubMed, SCOPUS, Web of Science, LILACS, BDENF e BVS. Resultados: partiu-se da questão norteadora “Quais são as relações existentes entre o trabalhador, vítima de suicídio, e o ambiente de trabalho em que ele está inserido?” e de descritores, encontrando-se 481 registros, dos quais dez estudos foram selecionados. Separados por dois eixos de análise (aspectos internos e externos), os estudos descreveram dez relações predominantes entre o suicídio e o trabalho, sendo elas: depressão (19,3%); assédio moral/bullying (16,1%); ausência de lazer (12,9%); estresse (9,6%); sobrecarga profissional (9,6%); acidentes no trabalho (9,6%); Síndrome de Burnout (6,4%); isolamento social (6,4%); conflitos entre a família e o trabalho (6,4%) e falta de autonomia no trabalho (3,2%). Conclusão: os resultados demonstram a relação existente entre o trabalho e o suicídio. Como a Enfermagem é uma potencial promotora no cuidado humanizado, destacase a necessidade de vigilância e promoção da saúde para os trabalhadores nesses ambientes.