Restrição alimentar para suínos machos castrados e imunocastrados em terminação

Abstract

RESUMO O objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho e as características quantitativas de carcaça de suínos machos castrados e imunocastrados

Immunocastration and its effects on carcass and meat traits of male pigs

“…As a consequence, immunization temporarily suppresses testicular development and function (TUYTTENS et al, 2011), avoiding boar taint, as well as being able to reduce pork eating quality fail rates by approximately 10%, when compared to entire male pigs (MOORE et al, 2017). Immunocastrated pigs, after applying the second dose of the vaccine, become calmer and exhibit significantly fewer aggressive and sexual behaviours (BAUMGARTNER et al, 2010), improving their welfare and carcass quality and reducing the incidence of skin lesions (ŠKRLEP et al, 2014).…”

“…As a non-invasive and practically painless method, not only does immunocastration improve animal welfare (DUNSHEA et al, 2005), but it also achieves some productive benefits, such as better growth rate, which is found in entire males before immunocastration, and better feed conversion ratio (FÀBREGA et al, 2010;RYDHMER et al, 2010). In addition to the superior performance, immunocastrated pigs can deposit a higher percentage of muscle and a lower percentage of fat compared to surgically castrated pigs (JANJIC et al, 2017;SANTOS et al, 2012).…”

Interação ractopamina, cromo e restrição alimentar em suínos terminados

“…Em algumas situações, suínos de alto potencial genético, com peso de abate até os 120 kg, não tiveram resposta de forma satisfatória na melhoria da carcaça (BERTOL et al, 2001;SANTOS et al, 2012). Em outras, houve a redução de forma linear no ganho de peso de suínos castrados tradicionalmente e imunocastrados (BIKKER et al, 1996;WARPECHOWSKI et al, 1999;ROPPA, 2004;FRAGA, 2005;FRAGA et al, 2008), chegando ao ponto de interferir de forma negativa ou até mesmo piorar o ganho de peso diário e a conversão alimentar reduzindo o peso de abate (BARBOSA et al,2003;FRAGA, 2005;CANTARELLI, 2007;FRAGA et al, 2008;SANTOS et al, 2012) ou até mesmo a redução no rendimento de carcaça (HAYDON et al, 1989). No entanto, melhora a eficiência de utilização do nitrogênio bem como as características de carcaça viabilizando economicamente (CANTARELLI, 2007;CANTARELLI et al, 2009).…”

“…Avaliando rações de suínos terminados com restrição alimentar (18 e 28%) para fêmeas inteiras, fêmeas castradas e machos castrados a partir dos 152 dias de idade, pesquisadores observaram uma redução nas aparas de cortes de primeira sem afetar a eficiência alimentar e a qualidade da carne, principalmente para as fêmeas inteiras em comparação com fêmeas castradas (SERRANO et al, 2009). Em outro experimento, também com machos castrados e imunocastrados, porém com uma restrição menor (10%) e idade de abate mais tardia (168 dias), foi observado um desempenho melhor para os suínos imunocastrados em relação aos castrados com relação a conversão alimentar, mas sem alterar as características de carcaça de ambos, entretanto a restrição piorou o ganho de peso (SANTOS et al, 2012). Em uma terceira pesquisa com níveis de restrição qualitativa de 15% e 30%, também para machos castrados e fêmeas, o maior nível melhorou o rendimento de carcaça dos machos em relação as fêmeas com a redução da espessura do toucinho sem prejudicar o perfil de ácidos graxos (SILVA, 2015).…”

“…restrição alimentar também pode piorar o ganho de peso e não alterar as características de carcaça dos suínos machos castrados e imunocastrados(SANTOS et al, 2012).Considerando as questões econômicas, com o alto custo da ração, a restrição alimentar direciona para uma escolha por uma conversão alimentar mais eficiente. Neste ponto a prática da alimentação restrita se sobressai à alimentação a vontade que é preferível do ponto de vista do ganho por quilograma do animal abatido.Desconsiderando a necessidade de mão de obra treinada e equipamentos modernos, com fácil implementação para uma alimentação com eficiência, o fato é que o estudo da restrição alimentar ainda não está consolidado, sendo um tema de pesquisa que precisa ser muito mais explorado e testado com variações diversas nas diferentes instalações, linhagens genéticas e nos diferentes programas alimentares(BELLAVER, GARCEZ, 2000;MANZKE et al, 2011).…”