Esta dissertação de mestrado consiste em quatro capítulos que investigam aspectos filosóficos e lógicos relacionados aos seguintes temas: paradoxos, autorreferência e circularidade. O primeiro capítulo aborda a questão "O que é um paradoxo?" Inicialmente, são exploradas a etimologia da palavra "paradoxo" e sua possível ligação ao conceito de "nonsense" (não-sentido), com base nas concepções dos filósofos Wittgenstein e Deleuze. O capítulo conclui com uma análise de argumentos lógicos específicos e uma avaliação de sua natureza paradoxal. No segundo capítulo, realizo um estudo formal dos paradoxos lógicos, incluindo o Mentiroso, o Heterológico e o Paradoxo de Yablo. Durante a discussão sobre este último paradoxo, identifico a falta de definições explícitas dos conceitos de autorreferência e circularidade. Esses conceitos são abordados em maior detalhe no terceiro capítulo, no qual são apresentadas definições precisas para os conceitos de referência, autorreferência e circularidade, utilizando interpretações modelo-teóricas. Além disso, são demonstradas propriedades relacionadas a paradoxos bem conhecidos. O quarto capítulo concentra-se nas linguagens e teorias semanticamente fechadas, fornecendo uma definição formal e construção de uma linguagem de primeira ordem semanticamente fechada bissortida. Também discuto se as linguagens cotidianas, como o português ou o inglês, são semanticamente fechadas. Esta dissertação oferece uma exploração aprofundada dos conceitos de verdade, autorreferência e paradoxos, estabelecendo uma conexão entre a filosofia e a lógica formal.