A socialização escolar não pode ser reduzida a uma simples convivência entre crianças, e é um fator decisivo nas possibilidades do processo inclusivo. Supõe-se que a cooperação nos grupos escolares promove mudanças nas posições subjetivas das crianças, bem como na aprendizagem, e produzindo efeitos também para as crianças ditas em situação de inclusão, a partir de referenciais que a psicanálise oferece para essa discussão. No artigo, observa-se ainda que a relação entre pares tem forte poder inclusivo, mas também excludente. Por isso, é preciso perguntar-se também sobre o que a exclusão pode gerar como efeito disruptivo: o que pode fazer uma criança pela outra quando não é a cooperação que preside aos laços entre alunos no interior de uma escola? Examina-se então a função do semelhante em sua dupla vertente de ser inclusiva e excludente, e discute-se o efeito Columbine, e em seguida é proposta uma discussão sobre as condições do laço social que agem como facilitadores de uma ação violenta massiva como os ataques de adolescentes às suas escolas.