A retocolite ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória intestinal crônica de etiologia complexa, caracterizada por inflamação contínua do cólon e do reto, resultando em sintomas debilitantes e complicações severas. Com isso, o presente artigo apresenta uma revisão dos avanços recentes no tratamento da RCU, destacando estratégias terapêuticas emergentes e sua eficácia clínica. A metodologia empregada consiste em uma revisão sistemática da literatura, na qual foram consultadas bases de dados relevantes e selecionados estudos que abordam os avanços no tratamento da RCU. Os resultados revelam os últimos anos, houve um rápido desenvolvimento de terapias direcionadas, incluindo agentes biológicos e pequenas moléculas, que visam diferentes componentes da cascata inflamatória. Os inibidores de citocinas, tais como os anticorpos monoclonais anti-TNF-α, anti-integrina e anti-interleucina, demonstraram eficácia significativa na indução e manutenção da remissão clínica em pacientes com RCU refratária aos tratamentos convencionais. Além disso, a terapia combinada de múltiplos agentes, como a associação de imunomoduladores e biológicos, tem sido explorada como uma estratégia para melhorar os desfechos clínicos e reduzir a necessidade de cirurgia. O desenvolvimento de biomarcadores preditivos de resposta ao tratamento também tem sido um foco de pesquisa, permitindo uma abordagem mais personalizada e eficaz para a gestão da RCU. No entanto, desafios persistentes, como a variabilidade na resposta ao tratamento e o risco de efeitos adversos, continuam a ser enfrentados na prática clínica. Portanto, são necessários estudos adicionais para otimizar as abordagens terapêuticas existentes e identificar novos alvos terapêuticos que possam proporcionar melhores resultados a longo prazo para os pacientes com RCU.