O traumatismo dentário em dentes permanentes que ainda não tiveram o desenvolvimento completo radicular, pode ocasionar injúrias à polpa e tecidos periodontais. Assim, a tratamento Endodontia é muitas vezes o tratamento mais adequado para essa situação, no entanto se torna mais desafiador devido às complicações anatômicas presentes, devido ao ápice incompleto. Este estudo trata-se de um relato de caso, envolvendo 2 pacientes, submetidos ao tratamento endodôntico, com a pasta Souza-Filho & Soares (SFS), também chamada de pasta obturadora do trauma, utilizada na (FOP/UNICAMP) tendo a finalidade de apicificação em dente permanente com ápice incompleto e necrose pulpar. Esta pasta é constituída por hidróxido de cálcio, clorexidina em gel 2% e óxido de zinco, na proporção 2:1:2, e não necessita de trocas periódicas. O acompanhamento do caso do paciente (Y.B.G.S), foi feito até 12 meses depois da inserção da pasta, observando-se o fechamento apical, e ausência de sinais e sintomas, já sendo indicado para fazer o tratamento endodôntico convencional. A paciente (A.L.C.V), houve indícios de fechamento apical após a segunda proservação, apresentando regressão do aumento de volume no fundo de sulco e fechamento da fístula anteriormente presente, ainda havendo persistência de sintomatologia a palpação apical. Concluindo que a pasta obturadora do trauma foi eficaz no fechamento apical, sendo uma ótima opção para o tratamento de dentes permanentes, com ápice incompleto, traumatizados e necrosados.