Objective: This paper describes recent advances in the neurobiology of mental retardation, emphasizing new diagnostic resources provided by cytogenetics, molecular testing, and neuroimaging.Sources of data: MEDLINE (January 2000 through October 2003), using the following key words: mental retardation, developmental disability, child, and adolescent. Search of the Pediatrics and New England Journal of Medicine websites using the key word mental retardation. The Online Mendelian Inheritance in Man (OMIM) database was searched for information on clinical genetics.
Summary of the findings:In October 2003, the number of genetic syndromes associated with mental retardation reached 1,149. Considering the genetic or environmental and congenital or acquired causes of mental retardation, current diagnostic investigation is able to detect the etiology in 50 to 70% of cases.Conclusions: Diagnostic evaluation should follow a stepwise approach in order to make rational use of the expensive tools of cytogenetics, molecular biology, and neuroimaging.
ResumoObjetivo: Esta revisão aborda as recentes descobertas da neurobiologia do retardo mental, enfatizando os novos recursos da citogené-tica, das técnicas moleculares e da neurorradiologia para esclarecer o diagnóstico.
IntroduçãoO retardo mental (RM) é um dos transtornos neuropsiquiátricos mais comuns em crianças e adolescentes. A taxa de prevalência tradicionalmente citada é de 1% da população jovem 1,2 , porém alguns autores mencionam taxas de 2 a 3% 3,4 , e há estimativas de até 10% 5 . Há um consenso geral de que o RM é mais comum no sexo masculino, um achado atribuído às numerosas mutações dos genes encontrados no cromossomo X 6 . A razão entre os sexos masculino e feminino é de 1,3 a 1,9 para 1 3 . As crianças acometidas muitas vezes apresentam-se ao pediatra geral com queixa de atraso na fala/linguagem, alteração do comportamento, ou baixo rendimento escolar.O diagnóstico de RM é definido com base em três critérios 7 : início do quadro clínico antes de 18 anos de idade; função intelectual significativamente abaixo da mé-dia, demonstrada por um quociente de inteligência (QI) igual ou menor que 70; e deficiência nas habilidades adaptativas em pelo menos duas das seguintes áreas: comunicação, autocuidados, habilidades sociais/interpessoais, auto-orientação, rendimento escolar, trabalho, lazer, saúde e segurança. O QI normal é considerado acima de 85, ARTIGO DE REVISÃO S72