OBJETIVO: Avaliar o impacto do vitiligo na qualidade de vida de residentes em Salvador. MÉTODO: Estudo transversal realizado utilizando questionário virtual, desenvolvido na plataforma Google Forms. Além de dados sociodemográficos e clínicos, aplicou-se o questionário Vitiligo-specific health-related quality of life instrument (VitiQoL). Foram realizadas estatísticas descritivas e inferenciais. Para comparar variáveis contínuas não paramétricas, foram utilizados os testes Mann Whitney e Kruskall Wallis. RESULTADOS: Foram reunidos 70 participantes, idade mediana de 31 anos, predomínio de mulheres (70,0%), raça parda (44,3%), solteiros (51,4%), ensino superior completo (54,3%), tempo de diagnóstico de 10 anos, com lesões expostas (82,9%). Houve impacto do vitiligo na qualidade de vida (escore final 47 pontos), com destaque para a preocupação com a progressão da doença (6,0 pontos), com os cuidados com a proteção solar (6,0 pontos) e interferência no bem estar emocional (5,0 pontos). Os fatores de limitação da participação, estigma e comportamento indicaram impacto moderado a significativo na vida dos participantes, sendo as mulheres mais afetadas (p=0,001). CONCLUSÃO: O vitiligo modifica a qualidade de vida, com maior efeito entre as mulheres. O impacto emocional foi expressivo, embora as atividades diárias, a capacidade de demonstrar afeto e de fazer novos amigos tenham sido pouco afetadas.