O estudo objetivou avaliar o papel da orientação acadêmica e os desafios atuais relacionados a essa prática pedagógica durante a formação acadêmica em Odontologia, na percepção de docentes e discentes. Trata-se de estudo de natureza quantiqualitativa, desenvolvido no curso de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A coleta de dados foi realizada por meio de questionários semiestruturados, respondidos por 106 estudantes e 15 professores de Odontologia com experiência em orientação acadêmica. A análise quantitativa dos resultados utilizou estatísticas descritivas e, na sequência, realizou-se avaliação qualitativa por meio da técnica de análise de conteúdo. As percepções discentes demostraram fragilidades no desempenho dos professores orientadores acadêmicos, principalmente em relação ao vínculo com a turma, período e frequência dos encontros, assim como metodologia adotada. Os docentes apontaram a necessidade de estratégias de educação permanente, visando sua qualificação para o exercício dessa função. Conclui-se que existe subaproveitamento dessa prática pedagógica na formação em Odontologia. Para superar esta fragilidade e os desafios inerentes à prática, na visão dos discentes é necessário que os orientadores acadêmicos se tornem mais presentes no cotidiano universitário desde o primeiro período, com orientações precoces sobre as suas obrigações e mediando o processo de formação acadêmica em todas as fases do curso. Para os docentes, é necessário investir em processos permanentes de desenvolvimento docente.