Resumo Neste artigo, à luz do referencial de Vigotski e Bakhtin, discutem-se as dimensões individual e coletiva das reXistências da arte de rua, com base em entrevistas semiestruturadas realizadas com integrantes de dois coletivos amazônidos: um promotor de batalhas de Rap e outro de lambe lambe na cidade de Porto Velho-RO. Nos dois agrupamentos desvelam-se as contradições entre lógicas comunitárias e individualistas, do local e global, vigentes em nossa sociedade na busca pela construção de uma identidade artística amazônida. Destacam-se também novas formas de busca pelo público e pelo comum na contemporaneidade, nas quais ocorre uma transformação da rua em espaço de contemplação e compartilhamento do diverso e da divergência, da vivência estético/política e, portanto, da intensidade de com o outro sentir, afetar-se, pensar, reencontrar-se com o passado, vislumbrar o futuro e transformar-se. Destaca-se, ainda, a produção de uma insistente arte de resistir para existir na Amazônia.