No presente artigo, se apresenta uma síntese dos estudos arqueobotânicos realizados em sítios agrícolas de zonas úmidas pré-Colombianos das terás baixas sul-americanas. Se resume a evidência obtida através do estudo de macro- e microvestígios botânicos recuperados tanto de feições agrícolas como de sítios arqueológicos de habitação e sedimentos lacustres associados aos mesmos. A análise dos dados mostra que uma grande diversidade de plantas foram cultivadas nos campos elevados e drenados e consumidos nos sítios habitacionais associados incluindo: a) o milho, b) os tubérculos e as raízes como a mandioca, a batata doce, o inhame, possivelmente o taro e Canáceas y Marantáceas, c) vegetais como o amendoim e a abóbora, d) frutos como palmas, y provavelmente a jaboticaba, o maracujá e a goiaba, e) cultivos industriais como o algodão y possivelmente tinturas como o anil e o urucum, assim como se tem sugerido f) verbas medicinais, estimulantes e alucinógenas como a erva mate, a coca e o paricá. Os resultados mostram que o milho foi provavelmente a planta doméstica mais importante. Se argumenta que a agricultura intensiva de milho em campos elevados ou drenados junto a outras atividades de subsistência complementares foi capaz de sustentar populações numerosas nas terras baixas sul-americanas que transformaram a paisagem em grande escala durante o Holoceno tardio. Palavras-chave: Zea mays, agricultura pré-Colombiana, terras baixas da América do Sul