Risco do uso indiscriminado de medicamentos para emagrecimento / Risk of indiscriminate use of medicines for slimming

Abstract

Segundo a OMS o número de obesos em 2015 era de 700 milhões, um dado alarmante frente à crescente utilização de medicamentos para emagrecimento, combinação que gera grande preocupação por contrariar o uso racional dos medicamentos. O objetivo deste trabalho foi discutir a utilização de medicamentos para emagrecimento, os seus riscos e a importância do conhecimento sobre o assunto. Na elaboração foram usadas fontes retiradas das bases de dados: Google acadêmico, Scielo, Pubmed, entre 2013 e 2021. O uso de medicamentos como instrumento para emagrecer, motivada por uma busca imediatista contrapõe-se à sua função real de bem-estar e saúde, podendo fomentar ou iniciar um distúrbio alimentar, compulsão, irregularidades metabólicas e até morte, principalmente por automedicação. As drogas aprovadas para o tratamento da obesidade, sob acompanhamento quanto às dosagens, benefícios e tempo de tratamento, diante do risco de dependência, são: anorexígenos, inibidores do apetite e inibidores da absorção de gordura e as anfetaminas. Ademais, ativos que podem auxiliar no emagrecimento conhecidos pelo seu uso off-label como a metformina, a fluoxetina e a bupropiona são amplamente utilizados através da automedicação irresponsável. Assim, nota-se a

A testosterona, em doses suprafisiológicas, e suas implicações cardíacas

“…O surgimento de doenças cardiovasculares aumenta progressivamente com a idade, por outro lado, as concentrações séricas dos hormônios sexuais diminuem em cerca de 15% a 20% dos indivíduos (Costa et al, 2024).…”

“…Os estudos indicam que, em níveis fisiológicos, a testosterona pode induzir relaxamento em leitos vasculares, além de influenciar a formação de placa aterosclerótica na aorta. Esses efeitos sugerem um potencial papel protetor da testosterona no sistema cardiovascular em condições normais (Costa et al, 2024;Hayward et al, 2012;Ruizeveld Winter et al, 1991;Skogastierna et al, 2014).…”

Medicamentos antidiabéticos utilizados com a finalidade de perda de peso

“…A Liraglutida está avançando na fase de pesquisas clínicas e resultados interessantes têm surgido, como os reportado nos ensaios de fase III, em que o tratamento com liraglutida melhorou significativamente o peso corporal em comparação com o placebo em pacientes obesos não diabéticos (Wadden et al, 2013). Entretanto, as reações adversas relatadas são náusea, vômito, diarréia, constipação, boca seca, dispepsia, gastrite, refluxo gastroesofágico, dor abdominal superior, flatulência, eructação, distensão abdominal, apetite reduzido, irritação no local da aplicação, astenia, fadiga, hipoglicemia, colelitíase, tontura, disgeusia, insônia, aumento da lipase e da amilase (enzimas pancreáticas) (Sousa, 2021). Ainda, a liraglutida provoca o retardo do esvaziamento gástrico e isso pode interferir na ação de outros medicamentos, inclusive os indicados apropriadamente para o tratamento de obesidade.…”