Introdução: Os pacientes ao serem recebidos na emergência, por vezes, sem diagnósticos preestabelecidos necessitam de cuidados. Dessa forma, todo paciente deve ser considerado potencialmente contaminado, e devido a isso, os riscos ocupacionais dos trabalhadores de enfermagem podem se tornar elevados, principalmente quando não usam Equipamento de Proteção Individual adequadamente. Sabe-se que o uso dos equipamentos é mais frequente na assistência ao paciente cujo diagnóstico é conhecido. No intuito de preservarem a vida dos pacientes, os profissionais tendem a negligenciar medidas de proteção, se expondo aos riscos pertinentes desse atendimento. Objetivo: identificar a percepção dos profissionais de enfermagem acerca dos riscos ocupacionais aos quais estão expostos e o uso de EPI no serviço de emergência. Métodos: Estudo quanti-qualitativo com 13 profissionais de enfermagem mediante entrevista em fevereiro e março de 2019. A análise dos dados quantitativos foi realizada por estatística; os dados qualitativos foram examinados pela análise de conteúdo de Bardin. Resultados: A maioria dos profissionais que participaram do estudo eram técnicos de enfermagem (54%) e 69% dos profissionais (enfermeiros e técnicos de enfermagem) atuaram na área por tempo maior ou igual a 10 anos. Delimitou-se quatro categorias temáticas. Conclusão: A percepção dos profissionais reflete déficits na prevenção à segurança da equipe e requer a ampliação da educação continuada. Ademais, ressalta-se o papel do enfermeiro na minimização dos riscos ocupacionais e a disponibilização dos equipamentos de proteção individual em locais estratégicos, de fácil acesso, como forma agilizar seu uso no serviço de emergência.