Objetivo: verificar qual esquema de tratamento antirretroviral foi mais seguro para pessoa que vive com HIV, dolutegravir 50mg + lamivudina 300mg + tenofovir 300mg ou efavirenz 600mg + lamivudina 300mg + tenofovir 300mg. Para isso, analisou-se os seguintes exames laboratoriais de função hepática: bilirrubina total, direta e indireta, aspartato amino transferase, alanina amino transferase, gama glutamil transferase e fosfatase alcalina. Metodologia: estudo de coorte, com o acompanhamento de 234 pessoas que vivem com HIV e iniciando terapia antirretroviral na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, com dados coletados entre agosto de 2015 a dezembro de 2018. Resultados: Os valores médios para os resultados dos exames bilirrubina total e indireta, aspartato amino transferase, alanina amino transferase e fosfatase alcalina reduziram após 72 semanas para os dois esquemas terapêuticos. A média do valor para a bilirrubina direta nas pessoas em uso de efavirenz aumentou em 72 semanas e ficou acima do valor de referência, quando comparado com a do início do acompanhamento. Para a gama glutamil transferase, a média dos resultados apresentou-se acima do valor de referência em ambos os grupos antes do tratamento. Após a terapia por 72 semanas com dolutegravir, a média retornou ao valor de referência e, no caso do efavirenz, a média manteve-se elevada. Os testes de Bonett e de Dunnett não tiveram diferença estatística, indicando que os dois esquemas terapêuticos são seguros. Conclusões: os dois esquemas terapêuticos estudados mostraram-se seguros e não ocasionaram aumento na variância para exames laboratoriais marcadores de função hepática.