“…Apesar da baixa prevalência, reações positivas a este importante sorovar também foram identificadas nos peixes-bois analisados. Dos resultados da SAM encontrados neste estudo o Patoc, saprófita, foi o mais freqüente, discordando de estudos realizados com pinípedes e cetáceos marinhos, nos quais foi descrito o sorovar Pomona como o mais freqüente e o principal responsável pelos casos clínicos nestes animais, seguido pelos sorovares, Grippotyphosa, Hardjo, Icterohaemorraghiae e Canicola(COLAGROOS et al, 2002; WHITENHOUSE et al, 2003;COLEGROVE et al, 2005;MACKERETH et al, 2005;NORMAN et al, 2008), entretanto nenhum desses estudos foi efetuada em animais da região estudada.O encontro do sorovar Patoc, saprofita, apesar de não patogênico, pois não possui poder de colonização e penetração (JOHNSON e HARRIS, 1976; CULLEN; HAAKE; ADLER, 2004), é de grande importância epidemiológica uma vez que, apesar de raro, já foi isolado de casos clínicos em outras espécies animais(CARROL e LECLAIR, 1969;COMBIESCU et al, 1958).Da quantidade aproximada de 250 leptospiras existentes, a coleção do VPS, uma das mais importantes do país, possui 20 sorogrupos com pelo menos um sorovar de cada grupo já descrito. Sorovares pertencentes ao mesmo sorogrupo podem apresentar reação cruzada na sorologia entre eles, considerando-se o mais provável sorovar, o responsável pela infecção, aquele com os mais altos títulos de anticorpos na reação.…”