Este artigo emerge à luz das inquietações que pairam no universo educacional acerca do privilégio epistêmico e/ou currículo eurocêntrico. Ele traz algumas reflexões críticas, com o intuito de contribuir frente ao rompimento de discursos e silenciamentos convenientes, ao considerar a operacionalização da Lei no 10.639/2003. Portanto, objetiva desconstruir discursos hegemônicos sobre as contribuições dos povos africanos e afro- -brasileiros para a origem de jogos no cenário nacional, sobretudo destacando caminhos profícuos para a exploração das potencialidades dos jogos maculelê, capoeira, jongo e mancala no ensino de química em diferentes níveis educa- cionais. Para tanto, apresentamos as raízes ancestrais de jogos oriundos das matrizes africanas e afro-brasileiras para o contexto educacional, e apontamos as potencialidades sobre o seu uso, além de traçar combinações de ações relacionadas a sua dinâmica com outras estratégias didáticas indispensáveis para sua aplicação ao ensino de química.