O estudo discute as competências envolvidas na condução de rodas de conversas. Trata-se de um relato analítico e reflexivo desenvolvido a partir das experiências dos estudantes da disciplina de Promoção da Saúde de um programa de Mestrado Profissional em Saúde da Família, Mato Grosso do Sul, Brasil. As experiências foram registradas no formato de relatórios de experiências e enfatizaram o uso de rodas de conversas em Unidades de Saúde da Família. A partir do corpus documental, foram levantados o público- alvo, temáticas/objetivos e quatro competências aplicadas para o desenvolvimento das rodas de conversa, a saber: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver, e aprender a ser. Observou-se que o público-alvo e as temáticas desenvolvidas nas rodas de conversas foram relacionados a situação epidemiológica do território. Ainda, foi identificado que a técnica é frequentemente baseada no referencial teórico de Paulo Freire, com etapas sistematizadas. As competências de saber conhecer e saber fazer foram desafiantes. As competências saber conviver e ser destacaram- se positivamente nas experiências descritas. Por fim, as experiências revelaram que há competências que precisam ser aprimoradas para a condução de rodas de conversas, com vistas a alcançar o seu potencial transformador.