Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida e por iluminar sempre o meu caminho.Agradeço aos meus tios, Giovani e Vanilda, por abrirem as portas de sua casa para que eu pudesse me estabelecer na cidade de São Paulo.Agradeço ao Professor Morales pelo convite para esta pesquisa, e pelos anos de muita paciência e orientação para comigo.Agradeço a CAPES pela bolsa de mestrado.Agradeço ao Laboratório de Micrometeorologia do IAG e ao Departamento de Geografia da FFLCH pelos dados pluviométricos utilizados nesta pesquisa.Agradeço aos Professores do IAG por todo o conhecimento que eu adquiri durantes as disciplinas obrigatórias.Agradeço a minha noiva, Geisianne, por sempre me apoiar e incentivar concluir esta dissertação.Agradeço a toda a minha família.
RESUMOEste estudo fez uma análise da distribuição de tamanho de gotas de chuva (DSD) observada em sistemas precipitantes com descargas elétricas (tempestades elétricas) e sem descargas elétricas na cidade de São Paulo a partir de medidas de um radar de apontamento vertical (micro rain radar -MRR) durante o período de dezembro de 2015 à março de 2020. Durante este período foram selecionados 94 sistemas precipitantes que resultaram em 117,87 horas de observações (42.431 DSDs), sendo que 43 foram classificadas como tempestades com descargas elétricas e 51 sem descargas elétricas. Independente da atividade elétrica, a DSD pode ser representada por uma função gama com parâmetro de forma negativo. As tempestades com descargas elétricas têm taxa de precipitação e diâmetros medianos maiores do que as tempestades sem descargas elétricas, ou seja, 7,15 mm/h contra 3,11 mm/h e 1,44 mm contra 1,17 mm respectivamente.Quando se analisa a distribuição de frequência de ocorrência, observa-se que 59% das DSDs das tempestades com descargas elétricas têm taxa de precipitação inferior a 2 mm/h, enquanto que as tempestades sem descargas elétricas têm 73% das observações.Já para taxas de precipitação maiores que 10 mm/h, as tempestades com descargas elétricas têm mais de 18% das observações, enquanto que as tempestades sem descargas elétricas ficam restritas a 9% das medidas. As tempestades com descargas elétricas têm maior concentração de gotas acima de 2 mm de diâmetro e as tempestades sem descargas elétricas para diâmetros menores que 2 mm. Ao analisar a variação da DSD em função da atividade elétrica (ciclo de vida), observou-se que as taxas de precipitação são mais altas durante o estágio de desenvolvimento (9,03 mm/h), seguido da maturação (7,81 mm/h) e dissipação (5,02 mm/h). Já no diâmetro mediano, temos que a fase de dissipação apresentou o maior valor, ou seja, 1,57 mm, seguido da maturação com 1,53 mm e 1,48 mm no desenvolvimento. Por fim, analisou-se como a DSD variava em função da polaridade do campo elétrico. As tempestades elétricas com campo elétrico negativo tinham 81% das observações com taxa de precipitação inferior a 10 mm/h, já as com campo elétrico positivo eram 91% das medidas. As tempestades com campo elétrico negativo têm maior concentração de gotas com diâmetros ma...