RESUMOCorpos de prova de aço inoxidável austenítico ISO 5832-1 apresentando camada superficial rica em nitrogê-nio (fase S), obtidas pelos processos de nitretação por plasma em baixa temperatura e SHTPN (Solution Heat Treatment after Plasma Nitriding), caracterizadas em trabalho anterior, além de amostras na condição de fornecimento, ou seja, solubilizadas, e amostras nitretadas por plasma em 750 ºC por 3 horas foram testadas quanto à resistência a corrosão. A resistência a corrosão foi avaliada com base no método de polarização potenciodinâmica e obtenção de potencial de circuito aberto (E corr vs tempo) em uma solução de 0,5 M NaCl. Os resultados comprovaram o ganho na resistência a corrosão localizada proveniente do nitrogênio em solução sólida, tanto para nitretação em baixa temperatura quanto no processo SHTPN, bem como o efeito deleté-rio proveniente da precipitação do nitreto de cromo.
Palavras-chave:Nitretação por plasma, SHTPN, fase "S", ISO 5832-1, corrosão.
ABSTRACTSamples of austenitic stainless steel ISO 5832-1 showing nitrogen-rich surface layer (S-phase), obtained by plasma nitriding at low temperature and SHTPN (Solution Heat Treatment after Plasma Nitriding) processes, characterized in previous work, and samples in starting microstructure, in other words, solubilized and plasma samples nitrided at 750° C for 3 hours, were tested for corrosion resistance. The corrosion resistance was evaluated based on the potentiodynamic anodic polarization test and open circuit measurements of corrosion potential (OCP) using 0.5 M NaCl. The results confirmed the gain in localized corrosion resistance from the nitrogen in solid solution in both low-temperature nitriding and SHTPN process, as well as from the deleterious effect of precipitation of chromium nitride.Keywords: Plasma nitriding, SHTPN, S-phase, ISO 5832-1, corrosion.
INTRODUÇÃOOs aços inoxidáveis austeníticos são vastamente empregados na indústria por possuírem excelente resistência à corrosão; entretanto, dependendo do meio ao qual estão expostos, podem sofrer corrosão por pite e / ou frestas. Este fato, aliado a baixa dureza e propriedades tribológicas, limita sua aplicabilidade. Várias técnicas vêm sendo empregadas com o objetivo de melhorar as características superficiais destes aços por meio da adição de nitrogênio em solução sólida [1][2][3][4][5][6][7].A adição de nitrogênio aos aços inoxidáveis austeniticos traz melhoras expressivas em propriedades tais como a resistência a corrosão por pite, corrosão sob tensão e fadiga [8].Nos aços inoxidáveis austeniticos o nitrogênio melhora a resistência à corrosão intergranular, pois retarda a precipitação de fases intermetálicas, além do que, a precipitação de nitretos traz uma perda menor no teor de cromo da matriz que na precipitação de carbonetos [8]. A resistência à corrosão localizada e ainda Autor Responsável: Ricardo Fernando dos Reis Data de envio: