O início da videolaparoscopia no Brasil em meados dos anos de 1990 foi alvo de resistência por parte dos serviços de cirurgia, a necessidade de treinamento especializado somado ao custo superior para realizar procedimentos sob esse novo método, foi parcialmente vencida após essa técnica apresentar resultados positivos e uma gama de benefícios aos pacientes. A colecistectomia e a apendicectomia lideram as indicações de sua realização, apesar de ambos os procedimentos apresentarem riscos e complicações, pode-se dizer que atualmente é considerada a via preferencial por diversos cirurgiões. O presente estudo teve como objetivo estabelecer um panorama comparativo entre a abordagem laparotômica versus laparoscópica nas apendicectomias e colecistectomias de 1992 a 2021 de acordo com a estimativa epidemiológica fornecida pelo sistema de informações do SUS (DATASUS). Observou-se que comparativamente, as técnicas videolaparoscópica proporcionam menor tempo de internação e menor mortalidade. Ainda, estatisticamente, foi possível estabelecer que após sua implantação, houve um aumento no número geral de cirurgias. Mesmo que ainda haja algumas discussões acerca de seu desfecho pós-operatório, é uma técnica promissora e que vem de forma a somar na qualidade de vida do paciente cirúrgico.