A B S T R A C TThe knowledge of salinity tolerance is essential for aquaculture production in different water sources, as well as for stocking enhancement programs. In the present experiment, salinity tolerance was investigated in laboratory reared juveniles of the fat snook Centropomus parallelus. Fish of 52 days (22.0 mm ± 0.4: mean total length ± SEM), 59 days (22.6 mm ± 0.5) and 73 days (25.8 mm ± 0.5) after hatching (DAH) were directly transferred from 35 to 0, 5, 15 and 35 ppt. Survival was checked every 24 h during a 96-h period. The experiment was carried out with fed (for all salinities) and unfed individuals (except for 5 ppt). Direct transfer resulted in less than 40% mortality in all treatments and ages tested. At the same salinity level, no difference in survival rates was found between fed and unfed juveniles, at the different ages and exposure time tested. Juveniles of 52 DAH presented lower tolerance to 0 ppt compared to other salinities. In older juveniles (59 and 73 DAH), mortality after 96 h was very low (≥ 95% survival), regardless the salinity treatment or feeding condition. Therefore, the present study showed that juveniles of 52 DAH are less tolerant to abrupt transfer to freshwater, indicating that a salinity acclimation procedure prior to release in freshwater areas would be necessary, and that tolerance increased with increasing age.
R E S U M OO conhecimento da tolerância à salinidade é essencial para produção em aquacultura em diferentes ambientes aquáticos, bem como para programas de repovoamento. No presente experimento, a tolerância à salinidade foi investigada em juvenis de robalo-peva Centropomus parallelus. Peixes de 52 dias (22,0 mm ± 0,4: média comprimento total ± EP), 59 dias (22,6 mm ± 0,5) e 73 dias (25,8 mm ± 0,5) após eclosão (DAE) foram diretamente transferidos de 35 para 0, 5, 15 e 35 ppt. Sobrevivência foi monitorada a cada 24 h durante um período de 96 h. O experimento foi conduzido com animais alimentados (todas as salinidades) e em inanição (exceto para 5 ppt). Transferência direta resultou em menos de 40% de mortalidade em todos os tratamentos e idades testadas. No mesmo nível salino, não foram encontradas diferenças nas taxas de sobrevivência entre juvenis alimentados e em inanição nas diferentes idades e tempos de exposição testadas. Juvenis de 52 DAE apresentaram menor tolerância a 0 ppt em comparação as demais salinidades. Em animais mais velhos (59 e 73 DAE), mortalidade após 96 h foi muito baixa (≥ 95% sobrevivência), independentemente do tratamento salino ou condição de alimentação. Portanto, o presente estudo mostrou que juvenis de 52 DAE são menos tolerantes a transferências abruptas à água doce, indicando que procedimento de aclimatação à salinidade antes da liberação em áreas dulcícolas é necessário, e que a tolerância aumenta com o aumento da idade.